sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dj Chus meets Pete tha Zouk - There is a God (Stereo Productions)



Estreio-me neste blogue fazendo uma crítica a um som recentemente editado, apresentado este ano na Winter Music Conference (WMC) que decorre todos os anos em Miami e conta sempre com os melhores dj's e produtores de todo o mundo.

Esta malha foi feita numa parceria entre um conceituado dj internacional (DJ Chus/Espanha) e um dj bem conhecido do panorama nacional (Pete tha Zouk). Sendo ambos dj's de House e também tendo ja produzido e feito remixes deste tipo de música electrónica, se assim o podemos etiquetar, não seria de estranhar que esta nova produção seguisse as linhas de ambos os produtores.

Em relação à música em si, posso dizer que são praticamente 9 minutos de House music, com a mistura de uma batida bastante tribal e bem estruturada, e uma melodia conseguida e bastante hetérea. Uma accapella deep com voz masculina permite-nos aproveitar ao máximo a amplitude da quebra.

A meu ver o único exagero nesta produção deve-se ao abuso excessivo das chamadas "buzinas" que em combinação com a melodia principal em certos momentos se torna cansativa e chegando mesmo a dar a sensação de algum "atabalhuamento" sonoro.

Falando agora do que mais me cativou neste som, dou um especial enfase ao uso de alguns samples que me fazem lembrar o som produzido no fim dos anos 90 e mesmo atingindo o ínicio da viragem do século...dando alguma "profundidade" ao som, remetendo-nos para o deep house e ambiencias de músicas produzidas por Underground Sound of Lisbon ou Rui da Silva.


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Venetian Snares - Rossz Csillag Alatt Született


Isto é tudo muito simples.

Aaron Funk é a pessoa que faz musica com o nome de Venetian Snares.

Ele foi para Hungria. E depois fez o album.

Este album é tão bom, que até vou mostrar a capa de trás.



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Nine Inch Nails - Year Zero


Primeira tentativa de criar críticas a álbuns em formato audio (verdadeiro transplante sonoro). Por favor não gozar com a fraca produção e com o monólogo ridículo (o próximo ficará melhor). Deixem comentário, quero saber a vossa opinião sobre este novo formato.



(o loading pode demorar)
01. Hyperpower!
02. The Beginning Of The End
03. Survivalism
04. The Good Soldier
05. Vessel
06. Me, I'm Not
07. Capital G
08. My Violent Heart
09. The Warning
10. God Given
11. Meet Your Master
12. The Greater Good
13. The Great Destroyer
14. Another Version Of The Truth
15. In This Twilight
16. Zero-Sum

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Concertos


Setembro 26 - 8:00pm - Men Eater + Before The Rain @ Music Box


Setembro 29 - 9:00pm - Devil In Me + Men Eater @ Fundição de Oeiras
Outubro 06 - 9:00pm - Devil In Me + TBA @ Music Box


Novembro 03 - 04:00pm - If Lucy Fell + Men Eater + BlackSunRise + For The Glory + One Hundred Steps + AOK @ Colectividade de Vendedores de Jornais em Santos


Novembro 07 - 09:30pm - The Legendary Tiger Man @ Grande Auditório do CCB


Dezembro 15 - 09:00pm - Twenty Inch Burial @ Music Box

ÁLBUM DO MÊS: OTEP - THE ASCENSION


A banda de Otep Shamaya está de volta com o tão aguardado The Ascension (álbum que foi gravado há mais de um ano mas que esteve retido devido a problemas vários da Label Capitol Records). A espera contribuiu para um fenómeno sem precedentes de especulação e de "hype", dizia-se que sería um álbum revolucionário, que iria lavar a cara do Death Metal, que sería uma obra-prima de poesia gótica com arranjos músicais ao estilo Radio Head, que sería experimental, que, em suma, sería algo novo (ideia que entusiasma muito os amantes de Metal pois é um estilo de música que tem sido muito denegrido pelo sucesso inesperado de bandas que o não praticam da melhor forma, passando-se, assim, a ideia de que o Metal é um estilo de música de segunda, para skin-heads e arruaceiros). Todos tivemos oportunidade de ver o clip do primeiro single "Ghostflower" no You Tube e todos ficámos de boca aberta e verdadeiramente excitados por ouvir mais. No myspace recebemos a prenda de verão de mais um single, "Confrontation" e fomos logo fazer contas à mesada. A comunidade de metal uniu-se no "countdown" para a saída desta peça de arte, grandes esperanças foram depositas nela...O álbum chegou finalmente às minhas mãos na semana passada. Quando acabei de o ouvir duas vezes de seguida foi inevitável interrogar-me se o que tinha acabado de ouvir era verdadeiramente revolucionário, se era uma obra-prima de inteligência superior, o messias de um metal renovado, mais cuidado, mais elitista.... a resposta virá em forma de crítica ao álbum, algures este mês. Entretanto ouçam o álbum e julguem por vocês mesmos.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

The Blood Brothers - Discografia

Os blood brothers são uma banda de Seattle (Washington USA) formada em 1997 que pratica um post-hardcore/punk experiemental absolutamente incrivel. O som que praticam é, por vezes, tão frenético que o ouvinte não lhe poderá ficar indiferente. É inevitável o desejo de acompanhar os "berros" de Johnny Whitney com uma dança epiléptica. Tive oportunidade de os ver duas vezes ao vivo este ano (no cine-teatro de corroios em 20 de Fevereiro e no super-bock super-rock em 28 de Junho) e confirmo que toda a energia que se sente nos álbuns é fielmente transferida para o palco. Uma banda a não perder. "


...Burn, Piano Island, Burn - Não é o primeiro álbum da banda (há dois registos anteriores, o This Adultery is Ripe de 2000 e o March on Electric Children de 2002), mas este é o primeiro trabalho de estúdio de "qualidade". É, ainda assim, bastante rude e amador. O som está completamente despido de qualquer florido. O som da bateria está pouco trabalhado, os arranjos de guitarra são pouco inventivos (arriscam pouco) e as vozes dos dois vocalistas (Johnny e Jordan) estão ainda muito presas ao estereotipo "screamo" que caracteriza o estilo de punk em que os blood brothers se inserem. A beleza do álbum é que nenhum destes "minus" são necessariamente maus, antes pelo contrário, o amadorismo de ...Burn, Piano Island, Burn permite uma intimidade entre o ouvinte e a banda sem paralelos.
Músicas imperdíveis: 03- Burn, Piano Island, Burn; 05- Ambulance vs Ambulance; 07- Celcilia and the Silhouette Saloon.



Crimes - Primeiro álbum da "nova era" dos blood brothers. Muitas das influências punk foram atenuadas de forma a deixar a parte electrónica, freak e pop entrar. O resultado é muito satisfatório, o som está agora muito mais excitado, palpita com cores diferentes. Com Crimes os blood brothers conseguiram um som totalmente impervisível, uma injecção de LSD, um arco-íris de experiências sonoras, arranjos de piano entrelaçam riffs frenéticos de guitarra e o baixo marca agora um ritmo bem mais dançável. Grande destaque para a melhorada voz de Johnny que agora sim se diferencia da voz mais grave de Jordan (soa agora a uma voz feminina, uma voz com bastante mais flexibilidade), os seus "berros" são simplesmente deliciosos, o ouvinte sente-os como facadas de adrenalina. É um álbum para ouvir quando nos apetece dançar ao som de algo mais instável, algo que nos faz sentir livres do peso do nosso corpo, algo que nos faz subir o sangue a cara de tanto berrar. Teen Screamo para festas psicadélicas.
Músicas imperdíveis: 02- Tras
h Flavored Trash; 03- Love Rhymes With Hideous Car Wreck; 10- Beautiful Horses.


Young Machetes - Nunca me fartarei deste álbum, a variedade de sons e de emoções é simplesmente indescritível. Desde o primeiro minuto do álbum (com o alucinante Set Fire to The Face of Fire) que nos entregamos a esta obra-prima do post-punk. É extraordinária a criatividade que foi empregue neste registo, cada música é um hit inesquecível (no meu mp3 player as músicas do álbum ocuparam todos os lugares do top 12 durante meses, o que quer dizer que não estava a seleccionar músicas). Desde os sprints alucinogénicos que marcam uma continuação da "nova era" iniciada com o Crimes, às baladas ambiente (bateria é reduzida ao mínimo, a guitarra faz apenas efeitos de pedais, voz lidera o som, baixo mt jazzie), às músicas electrónicas pop (o brilhante Laser Life) e, por fim, as canções de solo de voz (Giant Swan é quase exclusivamente conseguido com os riffs de voz de Johnny que com este álbum obteu o estatuto de divindade). É sem dúvida um álbum que todas as discotecas deveriam passar, é divertido, é instantâneo (parece que nunca temos tempo de descanso, não temos de esperar pelo nosso momento favorito da música, cada segundo é tocado em climax, cada segundo foi feito para dançar como se fosse o último), é colorido (o piano electrónico, a bateria com influências latinas (exemplo no hit de dança Vital Beach), a guitarra foracão que preenche todos os espaços livres da fita audio (brinca com todos os efeitos/pedais por vezes nem a reconhecemos), é pesado, é screamo, é teen, é festivo, é blood brothers no seu melhor. Façam um favor ao vosso aparelho auditivo e comprem (ou façam o dl ilegal) deste álbum, vão se sentir no Hades, no Shangri-Lá musical... vão se sentir verdadeiramente dionísios, em uno com o vosso meio. Um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos, tenho dito.
Músicas imperdíveis: 01- Set Fire on The Face of Fire; 03- Laser Life; 06- Vital Beach; 07- Spit Shine Your Black Clouds; 11- Rat Rider; 13- Huge Gold Ak-47; 15- Giant Swan.


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Astrobotnia - Astrobotnia





Conhecem Aleksi Perala? Bem, mas mesmo assim podem ficar com os dedos todos. Soa mal? Sim. É uma pessoa? Não sei. Mas também não é muito importante. Desde que não morda, esta bom. Então, perguntam. Pergunta estúpida.
Bom bom, é a musica que surge sobre o nome dele. Esta é a trilogia Astrobotnia. Este segundo transplante é difícil de explicar. O anterior, simplesmente não me apeteceu escrever. Mas este até gostava, porque é necessário ouvir. Mas enfim. Digo que é da editora Rephlex, fundada pelo glorioso Richard D. James (Aphex Twin). E pronto.
Também não vão encontrar em lado nenhum, mas se for necessário façam da busca a vossa vida.

Genero: IDM.

Tracklisting:
PartI
1.Lightworks
2.Hallo
3.Everyone 'destaque'
4.Acidophilus
5.Untitled
6.The Wing Thing 'destaque'
7.Miss June
8.Sweden
9.Applause

Nota final:
7,7

PartII
1.Untitled 'destaque'
2.Untitled 'destaque'
3.Untitled
4.Untitled
5.Untitled
6.Untitled

Nota final:
8,4

PartIII
1.Muminaa
2.B 'destaque'
3.Acidophilus II
4.Portable Motor
5.Drops
6.Thoarse
7.Esther Calling Jennifer
8.Bifidus
9.Leftovers 'destaque'
10.C*nT
11.I Am Mr. P.

Nota final:
7,2